segunda-feira, 4 de maio de 2009

Daniel 9 - As 70 semanas sobre Jerusalém

Analisando a profecia de Daniel 8 e Daniel 11 e em Daniel 12


Dan. 9:24 - Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo dos santos.

Dan. 9:25 - Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, sete semanas, e sessenta e duas semanas as ruas e as tranqueiras se reedificarão, mas em tempos angustiosos.

Dan. 9:26 - E depois das sessenta e duas semanas será tirado o Messias, e não será mais e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação e até ao fim haverá guerra estão determinadas assolações.

Dan. 9:27 - E ele firmará um concerto com muitos por uma semana e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até a consumação e o que está determinado será derramado sobre o assolador.


Bom, agora vejamos e estudemos verso por por verso dessa profecia:

(Dan. 9:24)
Conforme o verso 24, 70 semanas foram determinadas sobre Jerusalém (cidade santa) e os judeus.
Ora, o anjo que deu a profecia, foi também quem determinou os acontecimentos que demarcariam essas 70 semanas, conforme diz:
70 semanas determinadas = 7 + 62 + 1.

(Dan. 9:25)
Na ordem do rei Ciro (império Medos e Persas, exatamente a 450 anos antes de Cristo), ordem p/ reconstruir Jerusalém, iniciaram-se as primeiras 7 semanas (sendo elas, o período de reconstrução do templo e de Jerusalém - o templo levou 46 anos p/ se edificar / Jo. 2:20) depois passariam + 62 (semanas) estendendo-se até o Messias.

(Dan. 9:26)
Então, o marco que inicia a contagem da primeira das 7 + 62 semanas foi a ordem p/ a edificação do templo (a 450 anos do nascimento de Cristo) e o marco que determina o fim das 62 semanas foi exatamente a morte do Messias.
Pois diz: E depois das 62 semanas será tirado o Messias. Ora, se na morte do Messias terminam-se as 62 semanas e após essa mesma demarcação (as 62 semanas) a cidade é destruída (pelo povo do príncipe que há de vir - Dan. 9:26), então claramente se vê que na (morte do Messias) foi interrompida a contagem das semanas determinadas.
Isso porque se a crucificação ocorreu no ano 33 d.C. e a destruição da cidade no ano 70 d.C. (37 depois após de Sua morte); é certo que a contagem parou exatamente na morte do Messias pois a cidade foi destruída 37 anos depois, e ocorreu sob o mesmo marco fixado pela profecia, ou seja, as 62 semanas (e não após a 70ª semana). (Dan. 9:26)
E o verso continua dizendo: "e o seu fim (de Jerusalém) seria como uma inundação, e até o fim haveria guerras, estão determinadas assolações." (Dan. 9:26b)

Ora, se a ordem da reconstrução da cidade até a morte do Messias ocorrem 7 + 62 semanas, e a cidade foi destruída após as 62 semanas, fica evidente que faltou 1 semana a se cumprir sobre Jerusalém e os judeus - porque o Senhor determinou 70, porém cumpriram-se 7 + 62 (semanas) totalizando-se 69 semanas.

Sabendo-se pela história que a cidade foi totalmente destruída no ano 70 d.C., logicamente que, para que a semana que a semana faltante se cumprisse (como ditou a profecia), a cidade logicamente haveria de ser construída, e os judeus terem-na em posse, e o templo também edificado, exatamente como foi antes de Cristo, como o Senhor havia determinado: 70 semanas. (Dan. 9:24)
Sabemos que os judeus passaram 1900 anos em exílio, sem seu Estado (Israel), sem Jerusalém.
Porém Deus foi quem determinou sobre eles 70 semanas.
Acontece que, em 1948, o Estado de Israel passou a existir como nação dos judeus.
Em 1967, a Jerusalém oriental (que ainda era dos árabes), foi conquistada (na guerra dos seis dias) pelos judeus, chamada cidade antiga, onde outrora ficava o templo.

E hoje, em Jerusalém somente há um local que ainda não pertence aos judeus: E esse é justamente o Monte do Templo – o local onde o Templo era edificado – único lugar pertencente aos árabes, devido à Mesquita muçulmana (Cúpula da Rocha) e a Mesquita Al-Aqsa, que são consideradas pelos muçulmanos o terceiro lugar mais sagrado do mundo.

Então o que se entende, é que a última semana (7 anos) a ser cumprida está totalmente relacionada c/ os judeus, c/ Jerusalém, e c/ o Templo.
Pois assim foi nas semanas anteriores cumpridas antes de Cristo.
Lembrando ainda que foi justamente a ordem p/ reconstruir o Templo na época de Esdras é que deu início a contagem das 70 semanas estipuladas. (Esd. 1:1-3)
E tudo leva a crer que "o concerto c/ muitos" que dará início à contagem desta última semana será exatamente a ordem, a autonomia e a restituição do Monte do Templo aos judeus p/ a edificação do Templo de Deus no seu devido lugar.
E após firmado esse acordo, os judeus terão o pleno controle de Jerusalém e ao local do templo, retiradando a Mesquita sem dano (por isso o acordo) p/ a edificação do templo no seu devido lugar.
Então diz: “E ele firmará um concerto com muitos por 1 semana, e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares...” (Dan. 9:27)
Podemos ver como o acordo tem relação c/ o templo, porque diz que na metade da semana se fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares...

Ora, a profecia diz que o povo do príncipe que há de vir foi que destruiu a cidade - ano 70 d.C. (Dan. 9:26b)
Isto significa que o príncipe que há de vir seria romano?
Não! é o contrário!
Não é o anticristo que é romano, mas os ramanos é que são anticristo.
Não só os romanos foram anticristo, senão todos os impérios do mundo! (Mat. 4:8-9)

Ora, vemos que é o Concerto (c/ muitos) que inicia a 70ª semana; e o Concerto é justamente referente ao Templo e aos sacrifícios nele realizados.
E também é isso o que restituirá aos judeus e a Jerusalém tudo aquilo obtinham antes de Cristo; desde Esdras, ou seja: seu Estado (Israel), sua capital (Jerusalém) e todos os rituais ordenados no Antigo Testamento, estabelecidos no Monte Sinai no Êxodo. (Ex. 29:41 - Num. 28:3-6)

E como a profecia é referente a Jerusalém e os judeus, logicamente que o acordo também o é, exatamente como foi na ordem de Ciro, rei persa, aos judeus p/ que reconstruíssem o Templo e Jerusalém no exílio babilônico.
E se antes de Cristo (o que deu início a contagem das semanas) foi exatamente a ordem de edificação do templo, assim também o é agora (tanto que a cidade já está edificada); e somente o concerto é que restaurará o que falta: isto é, Jerusalém com tudo o que ela representa aos judeus: o Templo e o Sacrifício Contínuo e as ofertas de manjares – oferecidas continuamente todas as tardes e manhãs.

Ora, o concerto é p/ que se edifique o Templo; e esse é p/ que se inicie o Sacrifício Contínuo (sacrifícios todas as tardes e manhãs); e isso por 1 semana (7 anos).
Porém, na metade da semana (3 anos e meio), o anticristo fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares, aí diz: "e virá o assolador". (Dan. 9:27c)
Ora, o Concerto é de 7 anos; e 7 anos equivalem a 2556 dias - (isso porque em 7 anos há 1 ano bissexto) - 7 x 365 dias (+ 1 dia do ano bissexto) = 2556 dias

Agora se verificarmos o capítulo 8 de Daniel:
Conforme a profecia, o sacrifício contínuo mais a abominação desoladora preencherão exatamente 2300 tardes e manhãs (ou dias). (Dan. 8:13-14)
E a abominação dessoladora perdurará 1290 dias. (Dan. 12:11)
Isso é porque o período de 7 anos desse acordo do anticristo será dividido em duas fases: dos Sacrifícios e a oferta de Manjares (chamado Sacrifício Contínuo) e da Abominação Dessladora (que será o cancelamento dos sacrifícios, a profanação do Templo pelo assentar-se como "Deus" no Templo de Deus - pelo anticristo - exigindo que o mundo todo o adore - é nessa época que vem a marca da besta).
Então, por isso que em Daniel 8 mostrou-se uma visão, na qual (o Contínuo Sacrifício e a Abominação desoladora) hão de perdurar: 2300 tardes e manhãs, isto é, 2300 dias.
E pelo mesmo profeta e livro (Daniel) também informa que abominação da desolação há de perdurar1290 dias. (Dan. 12:11)

Então, se ambos (sacrifício contínuo e abominação desoladora) durarão dos 2300 dias, e somente a (abominação desoladora) durará 1290 dias, tem-se que serão somente 1010 dias de sacrifício: esse é o tempo em que os judeus farão no Templo o chamado Sacrifício Contínuo.

Mas, se o pacto é de 7 anos que equivalem a 2556 dias: Por que então o período o Sacrifício Contínuo somado ao período de Abominação da Desolação durarão 2300 dias?
Por que ambos não preencherão o tempo total dos 7 anos (2556 dias??
Bom, se subtrairmos 2300 de 2556 temos 256 dias.
Ora, o que haverá nos 256 dias, para que não haja nem sacrifício (dos judeus) nem a abominação (do anticristo)?

Subentende-se que é por causa da edificação do Templo; e também da retirada da Mesquita (porque ela precisa ser retirada do local do templo).
Isso explica o termo: "E ele firmará um concerto c/ muitos" (judeus e árabes).
E isso explica também o por que de haverem 256 dias (± 8,5 meses) dentro do período do pacto em que não se viu nem sacrifício nem abominação, por causa da necessidade da retirada das mesquitas e da edificação do Templo - por isso mesmo é que houve perda dos dias do sacrifício após o pacto.
Agora, veja como são as profecias: essa visão de Daniel 8:13-14 foi dada aproximadamente a 500 anos antes de Cristo.

Bom, agora estudemos o caso do local do templo:
Por depender dos muçulmanos a mesquita nunca seria tirada.
Por depender dos judeus eles construiriam o Templo hoje.
Porém a Mesquita só poderá ser retirada do local do templo pelo motivo da construção do próprio templo. E somente em função do povo que habita em Jerusalém (os judeus).
E o Templo só pode ser edificado em razão dos sacrifícios nele.
Vários sites judeus, eles afirmam possuir hoje total condição e tecnologia p/ retirar a Mesquita, sem dano, embalá-la e levando-a à Meca.
E também possuem total condições p/ a edificação do Templo em 6 meses.

Bom, segundo as profecias (de Daniel) o pacto é de 7 anos, mas na metade dos 7 anos o anticristo fará cessar o sacrifício e estabelecerá a abominação desoladora.

Então conforme disse Jesus, em Mateus 24:15, quando virmos a Abominação da Desolação de que falou o profeta Daniel estar no lugar santo (Templo) então haverá tribulação como nunca houve no mundo nem tampouco há de haver. (Mat. 24:15 e 21)
Serão os 3 anos e meio (1290 dias) da maior aflição que há de vir sobre toda a terra.

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Agora, vejamos como as profecias de Daniel 11 se enquadram no tempo do fim e no tempo da última semana de Daniel 9:

Em Daniel, capítulo 11 diz-se sobre um príncipe de um concerto, diz-se de um Santo Concerto e de uma retirada do sacrifício contínuo estabelecendo (em seu lugar) a abominação desoladora:

Haverá um Concerto -
"E, depois do concerto com ele, usará de engano; e subirá e será fortalecido com pouca gente." (Dan. 11:23)

Haverá um príncipe do concerto:
"E, com os braços de uma inundação, serão arrancados de diante dele; e serão quebrantados, como também o príncipe do concerto." (Dan. 11:22)

Diz-se que será um santo concerto:
Então, tornará para a sua terra com grande riqueza, e o seu coração será contra o santo concerto; e fará o que lhe aprouver e tornará para a sua terra. (Dan. 11:28)

Diz-se também sobre o levantar-se contra o Santo Concerto:
Porque virão contra ele navios de Quitim, que lhe causarão tristeza; e voltará, e se indignará contra o santo concerto, e fará como lhe apraz; e ainda voltará e atenderá aos que tiverem desamparado o santo concerto. (Dan. 11:30)

E isso tudo culminará conforme diz:
"E sairão a ele uns braços, que profanarão o santuário e a fortaleza, e tirarão o contínuo sacrifício, estabelecendo a abominação desoladora." (Dan. 11:31)

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Diz mais: “E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei e eles serão entregues na sua mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo.” (Dan. 7:25)
Diz também: “E foi-lhe dada uma boca para proferir grandes coisas e blasfêmias e deu-se-lhe poder para continuar por quarenta e dois meses.” (Apc. 13:5)

“E abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu.” (Apc. 13:6)

“E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los e deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação.” (Apc. 13:7)



Algumas observações e esclarecimentos:
Tardes e manhãs = dias (uma tarde e manhã equivale a 1 dia - Gênesis 1)
7 anos equivalem a 2556 dias ou 2556 tardes e manhãs
1 semana = 7 anos (Gen. 29:27)
42 meses = 3 anos e meio

Metade da semana = 1278 dias

Um comentário:

Nessinha disse...

Agradeço a Deus por Ele estar te dando cada vez mais clareza para transmitir a Verdade, irmão querido.