sexta-feira, 20 de março de 2009

A Eterna Fidelidade do Altíssimo para com os Homens

1. Vejamos como Jesus nos ensina a total confiança e esperança nas Escrituras Sagradas, que são expressão divina cheia de vida, e vida eterna. (Jo. 5:39)
2. Numa simples expressão do Antigo Testamento em que Deus diz: “Eu sou o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó”, que para nós pode ser apenas um título, sem muita significação, porém Jesus a vê cheia de plenitude e fundamento, repleta de esperança e verdade. Prova é que o Senhor a utiliza para provar e comprovar a ressurreição dos mortos, principalmente dos fiéis. (Luc. 20:37-38) Ou seja, tendo o Senhor amado e se comunicado com os pais, Abraão, Isaque e Jacó, e tendo eles depositado toda a sua confiança nesse Deus, crido e esperado Nele, obedecendo-o até sua morte, conforme podemos ver segundo as próprias Escrituras. Pois tendo-nos contado da fé e dos feitos de Abraão, depois de certo período passa a dizer de Isaque e menciona somente que Abraão morreu em boa velhice e Isaque e Ismael, seus filhos, o sepultaram.
3. O mesmo se diz de Isaque, passando a Jacó (Gen. 35:3 e 35:11-13)
4. As Escrituras após relatar a fé e a obediência deles a Deus, termina dizendo sobre eles: E expirou e dormiu com seus pais, ou, foi recolhido ao seu povo.
5. Então, Jesus que é o autor e consumador da fé, e que é toda a expressão da própria fé (Ele é a fé), nos ensina a profundidade, a verdade, a firmeza e a esperança das Escrituras. E tendo tais homens a viva confiança e fé no Senhor Deus neste mundo, embora tivessem a vida não ou nada fácil neste mundo, o Deus do universo que os criou, Criador dos céus e da terra e de tudo o que neles há, Todo-poderoso, jamais ia deixá-los no esquecimento e na morte eterna. Isaías 49.15 - Isaías 44.21
6. Tanto que sempre se identificou (não se envergonhando deles) como “Deus de Abraão, Isaque e Jacó.
7. Pois, embora esse Senhor e Deus os guiasse aqui na terra, em Si mesmo, tinha grandes e firmes propósitos para o homem, para os que O creram (como diz: e creu Abraão em Deus e foi-lhe isto imputado como justiça). Rom. 4:3 e Sal. 48:14
8. A seu tempo, a paga dos seus pecados, a completa expiação da iniqüidade e a sua justificação e redenção eterna. (Dan. 9:24)
9. A vitória completa do homem sobre o mal, sobre Satanás e sobre a morte: A vitória completa do homem sobre tudo o que o afastara eternamente do Deus Altíssimo. (Rom. 8:31 - Rom. 16:20 - Jo. 12:31 - Jo. 16:11)
10. A ressurreição dos mortos, ressurreição dos homens – para reconduzi-los não mais a uma terra prometida que mana leite e mel, mas à eternidade, conforme diz a epístola aos Hebreus: “Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos; à universal assembléia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados; e a Jesus, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel”. (Heb. 12:22-24)
11. Para eternamente estarem livres de todo o mal; livres para sempre e eternamente. No reino dos céus, filhos do Deus Altíssimo, resplandecendo como as estrelas para sempre e eternamente, amém.
12. Em suma, embora Deus os conduzisse nesta terra, como por exemplo, quando disse a Abraão para sair da sua parentela (Gen. 12:1), esse Senhor e Deus tinha para eles grandes e firmes propósitos, conforme diz: “Depois destas coisas veio a palavra do Senhor a Abrão em visão, dizendo: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão”. (Gen. 15:1)
13. Pois a vontade do Senhor era, um dia, tomá-los para Si; tirá-los eternamente do mal para a redenção eterna, como diz em Apocalipse: “Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho”. (Apc. 21:7)
14. Lembremos que Abraão, Isaque e Jacó foram somente peregrinos nesta terra, e não entraram em nenhuma terra prometida, como mesmo disse Jacó a faraó: “E Jacó disse a Faraó: Os dias dos anos das minhas peregrinações são cento e trinta anos, poucos e maus foram os dias dos anos da minha vida, e não chegaram aos dias dos anos da vida de meus pais nos dias das suas peregrinações”. (Gen. 47:9)
15. Meu Deus! Então podemos ver que o Senhor Jesus, tomando aquela pequena expressão da palavra de Deus, Ele que é a própria fé, extrai dela a viva e eterna fé na Palavra e no poder de Deus, no amor e na verdade desse Deus.
16. Jesus quis dizer com isso que, tendo eles (os que confiaram em Deus) cumprido os seus dias como homens de fé, e de apenas pó que eram, tendo recebido de Deus a vida neste mundo e nesta vida tendo ouvido, crido e atendido esse Deus, embora viessem a jazer no pó da terra e findado sua jornada, o Senhor Deus dos céus, a quem eles creram, os amou e jamais os esqueceria, não os deixaria na morte para sempre, mas lutaria por eles e para eles, para que depois de prover todas as coisas para que pudesse tira-los da morte (ainda que fosse pela morte do Seu Filho Unigênito), os traria de volta à vida, não para essa vida, mas para uma vida melhor, uma melhor ressurreição. Porquê creram nesse Deus, Ele jamais os desampararia, jamais os esqueceria e abandonaria. Como diz Isaías: “Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti que trabalha para aquele que nele espera”. (Is. 64:41)
19. Eles morreriam, mas o Senhor Deus que os amara, lutaria por eles, até cumprir a promessa, o juramento feito a Abraão, conforme diz em Lucas 1:68-75: “Bendito o Senhor Deus de Israel, porque visitou e remiu o seu povo, e nos levantou uma salvação poderosa na casa de Davi seu servo. Como falou pela boca dos seus santos profetas, desde o princípio do mundo; para nos livrar dos nossos inimigos e da mão de todos os que nos odeiam; para manifestar misericórdia a nossos pais, e lembrar-se da sua santa aliança, e do juramento que jurou a Abraão nosso pai, de conceder-nos que, libertados da mão de nossos inimigos, o serviríamos sem temor, em santidade e justiça perante ele, todos os dias da nossa vida”.
20. Até cumprir a promessa e o juramento a Abraão; a grande promessa do Senhor Deus de amor, como diz Paulo a Tito: “Em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos”. (Tit. 1:2)
21. A promessa, a grandiosa promessa, a qual ninguém, ninguém mesmo, nem no céu nem na terra, jamais imaginou: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. (Jo. 3:16)
22. Eles morreriam, mas o Senhor seu Deus que os amara, trabalharia por eles (“meu Pai trabalha até agora e eu trabalho também” - Jo. 5:17), lutaria por eles, viveria por eles, receberia até o seu castigo por eles, o castigo do pecado, e por fim, morreria por eles e para eles, indo até à morte para buscá-los; despertá-los lá na morte, despertá-los do sono eterno para dizê-los: “o teu Deus reina”. (Is. 52:7c). Aqui está o teu Deus, o teu Deus que vive para sempre, o teu Deus que te dá vida, que tem poder até sobre a morte, que te dá vida até na morte: “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão”. (Jo. 5:25)
23. E em Sua ressurreição levá-los junto a Si, até a vida, a verdadeira vida, no Seu reino, o reino dos céus, amém! Quem poderia impedir o Senhor de fazer isso? A morte?
24. Então, tendo uma vez, os ouvidos dos que ouvem, ouvido a voz do Senhor e crido e morrido na fé, embora viessem jazer no pó da terra e no esquecimento eterno. O Deus que os fez, esse Deus que eles com seus ouvidos ouviram e creram, jamais os esqueceria.
25. Por isso o Verbo se fez carne, se fez homem, para buscar o homem, para morrer pelo homem, e tendo morrido por ele, pagando sua dívida eterna, foi até à morte para buscá-los, até os que jaziam na escuridão, para tomar o seu lugar na morte, substituí-los, despertá-los e conduzi-los ao seu Deus. Aleluia! (Mat. 27:50-51)
26. E quanto a nós que vivemos e cremos, que temos a Jesus, jamais morreremos, apenas dormiremos, morreremos apenas na carne, pois o Senhor já tomou o nosso lugar tanto na vida quanto na morte. (Jo. 11:26)
27. Então irmãos, que nos conservemos nessa fé, sejamos fiéis até a morte, porque fiel é o que prometeu, o qual também o fará, amém.
28. Como disse Jesus: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça”. Então tendo uma vez, os ouvidos dos que ouvem, ouvido a voz desse Deus e Senhor, desse Senhor que se fez homem; e tendo crido Nele, ainda que deixassem de ser aqui na terra, esse Deus que jamais os esquece, um dia, no último dia, os há de ressuscitar. Pois tendo eles ouvido e crido, o que eles ouviram está gravado para sempre, está gravado na eternidade, está gravado para sempre e eternamente. (Mat. 24:35)
29. E esse Senhor os fará levantar do pó, para herdarem e verem a glória eterna de Deus, amém! “Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus?” (Jo. 11:40)
30. Jesus disse que todo escriba instruído no reino dos céus é semelhante ao pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e coisas velhas. E Ele mesmo nos mostrou muito tirando para nós.
31. Então que possamos examiná-la (as Escrituras) mais e mais. Examiná-la com afinco, com amor, com fé, com esperança, com confiança, com presteza e esmero (sabendo muito bem quem é o Senhor de amor e poder, o Autor dela), prezando-a mais que a nossa comida, que a nossa vida terrena. Pois são a verdade plena, do Senhor Deus, Seu sopro para nós e sobre nós. Seu sopro que, se no principio de pó da terra (que éramos), nos fez almas viventes, muito mais agora que como almas viventes (e filhos de Deus os que tem fé em Jesus), este mesmo sopro com toda a Sua plenitude e amor, nos dará vida abundante, como disse Jesus, e vida eterna como prometeu nosso Senhor Jesus Cristo, se tão somente conservarmos firmes a confiança e a glória da esperança até ao fim.
32. Não deixemos jamais que ninguém tome a nossa coroa, assim seja.
33. O Senhor, pois, nos ressuscitará para a vida eterna, porque o recebemos e cremos. Creiamos, pois, irmãos! Temos muitos motivos para crer, temos nuvens e nuvens de testemunhos para crer. Para crer e viver crendo. Até um dia ver a plena luz do Senhor.
34. Não deixemos pois que este mundo tenebroso se interponha entre nós e o Senhor, e nos ofusque ou nos prive da Sua luz.
35. Se apenas no principio, o Senhor nos deu vida do pó da terra, muito mais agora por O ouvir e conhecer, por crê-Lo e seguir, ainda que voltemos ao pó, os que o ouviram e creram, Ele jamais os esquecerá. Pois se antes nem éramos e Ele nos deu a vida, muito mais agora que conhecemos e cremos no Seu nome, Ele nos congregará a Si.
36. Irmãos, vejamos o que dentre muitas outras coisas, o Senhor nos diz na sua palavra: “Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti”. (Is. 49:15)
37. Então vemos nosso Senhor trabalhando e batalhando, lutando e esforçando sobremaneira (porque é Deus vivo, poderoso e de grande e eterno amor), esforçando-se mesmo, até fazendo-se homem, para que vivendo como homem, desse vida e força ao homem, levando sobre Si, como homem, toda a culpa do homem sobre seus lombos, ainda que na fraqueza de sua carne, pois como homem que se fez (oh! lindo e meigo Senhor). Pois fazendo-se homem, entrou no próprio homem para dar vida a ele, levá-lo adiante, puxando-o para a salvação, para a vida, vivificando-o.
38. Mostrando-nos através de Sua vida como homem, através de sua vida, de suas palavras e de sua morte, como devemos nós, homens, crer, viver, ser e seguir, e amar, para agradarmos a Deus, ao Pai; para vencermos o mal, vencermos todo o mal, e termos a completa certeza da esperança, e que pacientemente aguardemos (porque pacientemente nosso Deus e nosso Senhor nos aguarda). E que paciente esperemos o que nos aguarda: o fogo do amor de Deus, por nós e para nós.
39. Vemos que Deus não se esquece mesmo de Abraão, Isaque e Jacó (e de muitos outros). Porque faz coisas grandiosas, entre os homens, coisas tremendas, e continua fazendo e ainda mais fará. Pois se antes criou tudo primeiro e por último a nós, sabemos pela fé que depois de a todos o Senhor salvar (digo, a todos os que crêem). Eles verão e saberão as novíssimas coisas que o Senhor há de criar, porque já as revelou.
40. Pela palavra de Deus, tanto no Velho Testamento como no Novo Testamento. Como por exemplo, em Apocalipse: “Eis que faço novas todas as coisas”. (Apc. 21:5b)
41. E outra vez: “Eu, Jesus, enviei o meu anjo, para vos testificar estas coisas nas igrejas”. (Apc. 22:16)
42. Creio que isto faz parte da expectativa do Senhor, pois tendo Abraão e todos os profetas peregrinado neste mundo e morrido, como sendo apenas homens mortais, todavia o Senhor que faz todas as coisas, tendo prometido que nunca os abandonaria e os deixaria, havia de fazer coisas tremendas, grandíssimas e preciosas.
43. O Senhor não os esqueceu, enquanto eles estavam na morte, enquanto eles sequer tinham mais consciência e noção de que um dia tinham existido; o Senhor, contudo conduziria todas as coisas para o bem deles, para o bem dos que amam a Deus e esperam por Ele. Porque o Senhor só faz o bem, se compraz no bem, e não criou o homem para fazer-lhe mal, mas o bem, o bem supremo e eterno. Esse tremendo Senhor, após cumprir todas as promessas anunciadas na Lei, e da vinda em carne do Filho de Deus para cumprir todas as coisas, na terra, debaixo da terra e acima de todos os céus (Ef. 4:8-10), e de cumprir a profecia de Daniel 9:24, nos haverá de dar, como disse a Daniel: “E chegou o tempo em que os santos possuíram o reino”. E outra vez: “E este reino não passará a outro povo”.
44. Então, até isso o Senhor fez, depois de ter dado a Sua vida e ter morrido por nós, agora também nos anuncia a eternidade, a Nova Jerusalém.... Eis que faço novas todas as coisas...
45. Então, irmãos, depois de nosso Senhor Jesus Cristo ter morrido por nós e rasgado o véu que nos separava eternamente do nosso Deus, do nosso Criador, agora estando nos aqui, esse Deus nos anuncia as obras, as grandiosas e maravilhosas obras das Suas mãos; que nos esperam, que nos aguardam.
46. Vejam irmãos, o amor desse Deus e Senhor! Vejam irmãos, a ternura, a bondade, a benignidade e a não acepção de pessoas, que até aos ouvidos (que não tem ouvidos para ouvir – os incrédulos), por amor de Jesus (até a estes) se anuncia as novas coisas que nos esperam, da parte de Deus.
47. Bendito os que crêem. Bem-aventurados os que crêem, os que se firmam nestas promessas. Porque a seu tempo hão de cumprir-se. E eles hão de vê-las, hão de herdá-las. Hão de ver a glória, a imensa glória desse grandíssimo Deus Altíssimo. Desse grandíssimo e humilde Senhor Deus, amém! Que a graça do nosso Senhor Jesus Cristo possa vir sobre nós e nos preparar e nos guardar para Ele, para a Sua vinda, e eternamente. Amém!

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